O consumo de cerveja é datado desde antes do nascimento de Cristo. Trabalhadores que construíram as pirâmides do Egito recebiam diariamente um barril de cerveja como pagamento. Após um dia árduo de trabalho nas construções das pirâmides do Egito, os trabalhadores se reuniam para tomar cerveja e relaxar. Organizado pelo norte-americano PhD em filosofia Steven D. Hales,"Cerveja & Filosofia" (Tinta Negra Editorial, 2010) analisa esse ritual que acontece desde a Antiguidade e tenta explicar por que a bebida é reconhecida como um agregador de grupos distintos.
O livro reúne vários artigos escritos por diferentes profissionais, incluindo filósofos, produtores de cerveja, mestres cervejeiros e bebedores. Os textos discorrem sobre a representação do ato de beber cerveja na vida das pessoas e oferecem novos debates que vão desde a produção da bebida até os encontros para apreciá-la.
Dividida em quatro partes --"A arte da cerveja", "A ética da cerveja: prazeres, liberdade e caráter", "A metafísica e a epistemologia da cerveja", "A cerveja na história da filosofia"--, a publicação é apresentado por Cilene Saorin, a mais representativa sommelier de cervejas do Brasil.
O volume expõe temas sobre os elementos de produção e ingredientes que tornam uma cerveja boa ou ruim, as diferenças entre cervejas industrializadas e artesanais (golden larger, bocks, amber ale), as leis que apoiam ou comprometem a comercialização e a produção da bebida