quarta-feira, 18 de novembro de 2015

"Lula pensava que era deus, Dilma assumiu que é!"

A frase é do Ricardo Boechat, agora pela manhã, ao comentar o pronunciamento da presidentE Dona Dilma, que afirmou que pode melhorar a natureza, ao dizer que irá "reconstruir a natureza" a partir do Rio Doce, atingido pelo rompimento da barragem da Vale em Mariana.




Confira a Matéria da Folha:

Sem citar custos ou prazos, Dilma anuncia revitalização do rio Doce

MARINA DIAS
DE BRASÍLIA

17/11/2015 21h34

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (17) a criação de um projeto de revitalização do rio Doce, atingido pela lama decorrente do rompimento de duas barragens na região de Mariana (MG), que deixou 11 mortos e 12 desaparecidos há duas semanas.
Apesar de dizer que "uma parte expressiva" dos custos vai ser de responsabilidade da mineradora Samarco, a presidente não especificou quanto vai custar o projeto, de onde viria o dinheiro para financiá-lo ou em quanto tempo o cronograma de revitalização poderia ser cumprido.
"Uma parte, que eu acho que é muito expressiva, terá que ser feita por ressarcimento de responsabilidade da empresa. Não sei quanto. Esse é o tipo de coisa que a gente não fala porque não é só que não temos o tamanho do desastre, é porque não temos a noção de quanto tempo vai levar para recuperar", disse a presidente. "Você vai ter que reconstruir a natureza", completou.
Segundo antecipou a Folha, entre as ações que o governo está tratando como "pós-emergenciais", está a cobrança por parte de Dilma a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP, que ofereçam uma espécie de "bolsa-estiagem" ou "bolsa-defeso" para as famílias que dependem da agricultura e da pesca, por exemplo.
O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, cobrou a direção da mineradora sobre o número de famílias ribeirinhas atingidas pela tragédia mas, até esta terça-feira, a empresa ainda não havia feito o levantamento.
Após uma reunião com os governadores dos Estados atingidos pela lama, Fernando Pimentel (Minas Gerais) e Paulo Hartung (Espírito Santo), Dilma prometeu um plano para recuperar o rio Doce, para torná-lo "melhor do que ele estava antes" e afirmou que o programa pode ser financiado por um fundo, mas que ainda não há detalhes para o projeto.
"Você pode ter um fundo, pode não ser um fundo, não sabemos ainda. Nós estamos cuidando ainda do monitoramento, a parte maior foi emergencial [...] A recuperação do rio é algo que nós temos que tornar uma questão objetiva a ser feita agora por um motivo: é a única forma de a gente responder à população que foi atingida de uma forma positiva", afirmou a presidente.