quarta-feira, 30 de abril de 2014

#Artigo: Sabe de nada, inocente! "Enquanto o circo pega fogo com combustível da Petrobrás, Lula apaga o incêndio causando outro."

Muito pelo contrário. Lula sabe, e muito! Se tem uma pessoa que conhece como funciona a política brasileira é ele. Lula faz parte da história política brasileira como um todo, da ditadura à Constituição que seu partido não ...


terça-feira, 29 de abril de 2014

Será @pmdbrs, será @rigotto? #artigo: Bye, bye, Simon?

Para quem escreve ou tem apreço pelas palavras, há sempre aquelas de “estimação”. É fácil perceber isso nos discursos dos políticos. Pelos pampas, “afogadilho” é uma delas. Para mim, a palavra magnânimo.
Quero crer que a saída de cena de Simon tenha sida magnânima. Mais que um ato de estratagemas políticas, pode ter significado uma inflexão da própria vida. Seja em favor do filho, que seguirá sua carreira, seja pelas necessidades de renovação que a política exige.
Há a possibilidade do fato ter origem nos questionamentos gerados após as declarações de que deixaria a política, em entrevista exclusiva a um canal de televisão. Ou por lembrar de seu declarado franciscanismo. Só ele sabe.
O que ocorre - e que não pode ficar absorto na discussão sobre usufruto (legal, cabe dizer) das benesses do Senado Federal - é que Simon faz parte da história política brasileira.
No Rio Grande do Sul, ele foi protagonista de inúmeros fatos marcantes na política. São cerca de cinquenta anos com mandato e “outros tantos” politicando. Simon nasceu político.
Se continuasse no cargo, talvez encerrasse a carreira com 93 anos de idade, após mais um mandato. É muito tempo, mesmo para senadores.
Ao deixar sua cadeira (e é difícil crer que, no RS, nem mesmo o mais jovem dos eleitores não saiba quem é Pedro Simon), abre-se uma oportunidade de renovação, tão desejada pelos manifestantes das ruas e das redes sociais.
Assim, pela peculiaridade da eleição a senador, que alterna o número de vagas disponíveis, neste ano, há apenas uma em disputa. Em 2018, outras duas.
Vale lembrar que a eleição é majoritária e elege-se quem receber mais votos.  Não há segundo turno e a idade mínima para habilitar-se é de 35 anos.
Por enquanto, Beto Albuquerque (51), Emília Fernandes (63), Germano Rigotto (64)  e Lasier Martins (71) são os prováveis pré-candidatos e já pontuam nas pesquisas. Mas a situação sobre quem estará ao lado de Sartori tem outros componentes.
O PMDB de Pedro Simon, Rigotto e Sartori faz parte do governo Dilma. Uma aproximação com o PT no Estado é historicamente inviável. Simon é próximo de Marina, a pregadora da nova política ao lado de Eduardo Campos, a quem Sartori já declarou preferência.
Se avizinha uma boa disputa ao Senado para os gaúchos. Se forem confirmados candidatos, Lasier Martins é a novidade vinda dos meios de comunicação, e Beto Albuquerque, até agora, só foi deputado estadual e federal. Rigotto foi deputado e governador e Emília deputada e senadora.

Então, para honrar a história de Pedro Simon, ao ser definido o candidato, seria possível uma transição na representação dos gaúchos e ele vir a compor como suplente? Quem sabe?

quinta-feira, 24 de abril de 2014

#Artigo: Yes, nós temos CPI



Não fosse o bastante, a ministra Rosa Weber decidiu pela instalação de CPI exclusiva para investigar a Petrobrás, deixando de lado as bordas de catupiry que o governo tentou vender.
Ainda há o direito esperneante do Senado, para recorrer ao plenário do STF e jogar a decisão pra galera. Só não há tempo, e a oposição vai ganhar o tamborete com megafone para a campanha, que...


sexta-feira, 18 de abril de 2014

#Artigo:: O preço alto do revanchismo entre as siglas é ser a mosca do alvo petista



"Nesse cenário, Aécio não disse a que veio. E ainda há a incógnita do fator Eduardo Campos com Marina Silva nos próximos capítulos…"




Nesta eleição, entre os candidatos à presidência, Aécio “neto de Tancredo” Neves é o ator escalado para representar a polarização eleitoral do Brasil. A cada quatro anos, PT versus PSDB disputam o “Fla-flu” de nossa política nacional.
Desde a morte de seu avô, passado o soluço (hic!) de Collor na presidência, essas agremiações digladiam-se em busca do eleitorado. Tal característica o mantém na faixa dos 15% nas pesquisas, a mesma que já ocupou Serra. E poderia ser eu ou você, com igual índice, se tucano fôssemos.
O programa de Aécio, veiculado nessa quinta, deixou isso claro. Tese e antítese. Aida assim, continua “escondido” o dinossáurico ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, há 12 anos na geladeira. Mas quem lembra dele? E o que ele agrega? Nada. Ou um pouco de seriedade ao difamado estilo playboy do senador mineiro.
Nesse momento de possível combustão social, de manifestações e questionamentos, de insatisfação geral e econômica, de redes sociais e rolezinhos, colar a imagem no passado jurássico do Plano Real parece um equívoco. Há méritos, claro, mas precisamos de um novo Real? Não.
Se FH não ajuda, a própria presidente, o deputado semimorto, André Vargas, e o doleiro o fazem. Não fosse a possibilidade iminente da CPI da Petrobrás, a oposição telecath ao governo Federal estaria a ver navios. Lógico que o fato que já protagonizou o programa do socialdemocrata irá rechear a campanha eleitoral e viralizar a internet.
Aécio paga o pato de ter que se submeter ao balde de caranguejos de seu partido. Sua indicação como pré (inocuidade da legislação eleitoral!) candidato demorou a sair. Também não há um vice definido. E defender a Petrobrás é obrigação para torná-lo mais conhecido e questionar a gestão de sua adversária.
O preço alto do revanchismo entre as siglas é ser a mosca do alvo petista. Não se trata mais de esquerda X direita X projeto. A situação é tão esdrúxula que chegou ao ponto de ele propor transformar o Bolsa Família em política de estado e “restatizar” a Petrobrás. Quando na história desse país?
De outro lado, o PT procura levar a CPI a Minas (Furnas) e descaracterizar o semblante de bom moço do senador. Pra isso, vale tudo! Desde insinuações sobre uso de drogas ao popularizado vídeo do pileque no Rio de Janeiro – cidade maravilhosa. Aspas: Lula tem pecha semelhante.
Assim como a televisão influencia o eleitor, também as pesquisas eleitorais colaboram. Não por acaso a pesquisa divulgada pela Carta Capital – sabidamente apoiadora de Dilma –  veio a público no exato dia do programa de TV de Aécio. À noite, o Ibobe apresentou a presidente em queda.
Nesse cenário, Aécio não disse a que veio. E ainda há a incógnita do fator Eduardo Campos com Marina Silva nos próximos capítulos…
(*imagem do programa de TV. Clique aqui para assistir)

terça-feira, 15 de abril de 2014

Leia: Das redes sociais para as urnas


"Não se surpreendam se isso refletir nas eleições e os índices das redes sociais passarem a figurar e influenciar as próximas pesquisas."

Leia mais: A hora do traíra

Casamento
Nesta segunda, o novo presidenciável brasileiro, Eduardo Campos, declarou seu amor eterno por Marina (até que a próxima eleição os separe). É sempre assim nos casamentos políticos. Programáticos ou não.
Nada errado nessa ou em outras relações, pelo contrário. É da política a aliança eleitoral. Como no matrimônio, tem por objetivo sonhos, desejos, objetivos materiais e constituir patrimônio. Nesse caso, político.
O dote da noiva, sua vice na chapa à presidência, não é pouca coisa. Na última eleição, Marina Silva obteve cerca de 20 milhões de votos e, quando sozinha, representava ameaça direta a reeleição de Dilma, segundo as pesquisas.
O Padrinho
Pode ter passado despercebido de alguns, mas o padrinho desse casamento é o ex-presidente Lula. Tanto Marina quanto Campos são ex-ministros seus. A “família” de Eduardo, até pouco tempo, fazia parte do clã.
Rebelde, Eduardo Campos saiu de casa. Era um preço muito alto a pagar ter que casar com a filha feia do padrinho. Já não concordava com as decisões familiares. Tornara-se um bom partido e foi pousar sua pomba em outras redes. Rotularam-no de traíra.
Temendo o surgimento de uma nova rival, o patriarca usou de sua influência, articulou e pimba! Estava impedido o surgimento de uma nova casa, a Rede. Assim, Lula e os seus jogaram Marina no colo de Eduardo, apadrinhando o enlace.
Nova Política
Com a trilha nupcial da nova política, estão constuindo um (novo) cenário para a disputa presidencial. Destaque para os eventos políticos intercalados por atividades culturais e encerrados com bate-papos virtuais.
O evento desta segunda em Brasília foi cercado de simbolismos, artistas, políticos de outros partidos e a presença de canais oficias, como o youtube (o twitter já foi um deles, e a hashtag #eduardoemarina figurou no toptrends Brasil).
Há algo novo nisso? Provavelmente sim. Em pouco mais de seis meses, a página oficial de Eduardo Campos no facebook é a maior dos presidenciáveis em número de seguidores, mais que Dilma ou Lula, somada a de Marina, supera 1.1 milhões de curtidas.
O Traíra
Se as redes sociais serão um fator decisivo nas eleições, Eduardo Campos acertou na estratégia. Desconhecido de cerca de 42% da população segundo o último DataFolha, usa seus perfis para propagar ideias e alfinetar a presidente
Já a família da noiva feia soma (de novo) erros nas redes. Militantes pagos e acusações baixas, com a palavra chave “traíra” e até uma postagem no perfil oficial do partido, tentam desqualificar o antigo aliado.
Com pressa de baiano, paciência de mineirinho e sede de nordestino para disputar as eleições, Eduardo acertou sua hora. Saiu do governo antes dos escândalos da Petrobrás, CPI´s e do fracasso econômico. (Foi trairagem?).
Não se surpreendam se isso refletir nas eleições e os índices das redes sociais passarem a figurar e influenciar as próximas pesquisas.

sábado, 12 de abril de 2014

#Artigo | Eu renuncio!


Publicado em Zero Hora 
11 de abril de 2014
7
Melhor usar a
oportunidade
para reformar
a casa e
limpar tudo
O que há de pior em nossa sociedade? A violência, a miséria, a corrupção, o desvio do dinheiro público? Não! A hipocrisia da política, principalmente da que não se renova, sugerindo que a democracia é uma gafe ou que nosso sistema representativo é um erro.
A pergunta que não será feita é: “Se você votasse… E os candidatos fossem esses, em quem você votaria?”, continuaria a suposta pesquisa eleitoral. Não há essa possibilidade. Aqui nesta terra tupiniquim, o voto é obrigatório. E, mea-culpa, já o defendi.
O argumento pífio e reverberante é slogan entre os que ocupam o poder: “O povo não sabe votar”. Fosse verdadeira a afirmação, todo nosso sistema representativo estaria equivocado, e as eleições seriam mera conversa para dormitar bovinos. Mas, não está (o sistema)? Não são (as eleições)?
Sucedem-se governos e com eles os malfeitos. Executivo e Legislativo enlameados em escândalos acabam apontando uma solução pacífica e aquiescente entre seus comensais: a renúncia. Artifício usado por políticos, quando, à beira do cadafalso, escapam da forca da perda de direitos.
Cedo ou tarde ocorrerá a renúncia do vice-presidente licenciado da Câmara dos Deputados (aquele que ergueu o braço _ em uma alusão aos mensaleiros presos _ junto ao presidente do Supremo Tribunal Federal), inquietam-se aqueles que questionam: renunciou aos votos que recebeu? Aos possíveis crimes? À ética que deveria ter? Aos privilégios?
Infelizmente, não. A resposta rasa é a preservação mais primitiva que existe, a da vida. No caso, da vida política. Não só a sua, também a dos pares e de sua agremiação, que, mais uma vez, protagoniza a estampa de manchetes garrafais com possíveis atos de corrupção e desvio.
Novamente, o pano de fundo são os financiamentos às campanhas eleitorais. Há sempre uma artimanha que envolve arrecadação financeira, um fato corriqueiro como uma carona, a escolha recorrente de empresas amigas em licitações e contratos frágeis ou aditivos.
Possivelmente, são esses os casos da Petrobras, suas subsidiárias e o link doleiro entre o governo, parlamentares, partidos e as prováveis Comissões Parlamentares (mistas ou não) de Inquérito que podem ter como alvo apenas o interesse eleitoral. Coisas do poder.
Como solução, não me atrevo em trazer à tona o submarino da reforma política. Feita por políticos que ocupam cargos e que têm interesse direto no assunto, é como sugerir que se incendeie a própria casa. No momento, esse é tema de pirotecnia para inglês ver.
Mas, por enquanto, já que somos povo que não sabe votar, melhor usar a oportunidade para reformar a casa e limpar tudo. Do contrário, nas eleições, resta renunciar ao voto.
*Politólogo

segunda-feira, 7 de abril de 2014

#Artigo: #NãoVaiTerVoto


A cada dia que passa, torna-se mais difícil entender o que se passa na política brasileira. Não se trata das caras e bocas nauseantes que o assunto impõe quando pauta uma mesa de bar. É pior.
Manifestações. Aqui cabe um voto de solidariedade ao prefeito da capital Porto Alegre-RS que, mais uma vez, assistiu a manifestantes depredarem o patrimônio público. Eleito, não deveria ser ele o legítimo representante para conduzir as ações do paço municipal?
Manifestantes. Com a participação de partidos ou não, há que se manter um princípio: não são terroristas. Terrorismo é outra coisa, e quaisquer atitudes e legalização velada de um fio de repressão arbitrária não se justificam. Nem mesmo impedir o discutível uso de máscaras ou apoiar iniciativa da lei municipal que o proíbe.
Contraditório. Após alardear crescimento do PIB estadual (na verdade, um zero a zero se considerado o déficit anterior), o governador diverge com o prefeito se vai ou não ter Copa, sobre quem paga o quê ou de quem serão os dividendos. Não há recursos? Ambos pertencem a partidos que integram a base do Governo Federal.
Mistura. É o exemplo acima. Se, agora, volta a repetir-se a reivindicação pelo transporte público, barato e de qualidade (e não por vinte – ou quinze – centavos) e se o orçamento é um só, o nosso dinheiro de contribuinte, por que não se pode subsidiá-lo ao invés das estruturas temporárias para os estádios?
Bagunça. Essa é a palavra que deve tilintar pela cabeça dos “vamos-quebrar-tudo” que vagueiam sem rumo nem líder, de um lado pra outro. Atitude natural daqueles que reagem ao que não conseguem assimilar: a política. Política é matéria indigesta.
Brasília. É lá o palco que deixa atônita a plateia (ou a patuleia, perdoado o trocadilho). No ato atual, situação e oposição (e a beleza está nos olhos de quem vê) digladiam-se em fazer, ter, integrar, atrapalhar, aqui ou acolá, uma CPI, com deputados ou senadores, mista, juntos ou misturados. Ninguém se entende.
Democracia. Em algum momento, em um livro de história estava escrito algo como: “é a vontade da maioria”. Ok. Mas, qual maioria disse que queria Copa ou ônibus mais caro e carro mais barato? E quem quer um legado?
Representatividade. A culpa é dela e da mania obrigatória que temos de votar e eleger nossos representantes. Eles decidem. Decidir é ter poder. E quem o tem não compartilha. Silogismo: não opinamos, pois a democracia direta não faz parte de nossas ferramentas.
Minoria. Assim como os manifestantes e seus bloquinhos pretos, elas dominam em castas a nossa política. Reivindicam em causa própria, criam cotas, exceções, lobistas, políticas e políticos. Vivemos a era das minorias!
Pior. Pior seria não ter Copa, não ter manifestação, nem ônibus pra chegar ao jogo ou até a urna. Em ano eleitoral, pior seria deixar tudo como está e chegar à conclusão: #NãoVaiTerVoto.