quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Deputados federais a serem eleitos 2010

Meu indicativo baseado em coligações, mandato, votações anteriores e legenda:

Cabe considerar a decisão sobre a candidatura de Manuela como candidata mais votada do Estado e a possibilidade do PSOL, alem de outros partidos, atingir legenda.




Deputados Eleitos
Partido
1
Onyx
DEM
2
Manuela
PC do B
3
Vieira da Cunha
PDT
4
Enio Bacci
PDT
5
Cherini
PDT
6
Alceu Moreira
PMDB
7
Perondi
PMDB
8
Padilha
PMDB
9
Mendes
PMDB
10
Osmar Terra
PMDB
11
Afonso Hamm
PP
12
Zé Otávio
PP
13
Heinze
PP
14
Molling
PP
15
Covatti
PP
16
Beto
PSB
17
Stedile
PSB
18
Diaz
PSDB
19
Marroni
PT
20
Pepe
PT
21
Henrique Fontana
PT
22
Marco Maia
PT
23
Rosario
PT
24
Pimenta
PT
25
Danrlei
PTB
26
Paulo Robero
PTB
27
Sergio Moraes
PTB
28
Luciana Genro
PSOL
29
Emilia
PT
30
Paulleti
PSDB
31
Juliano Roso
PC do B

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Artigo: Debate pra quê?

Sobrepujado pela internet e pelo engessamento da legislação eleitoral atrasada, o modelo televisivo de debates não tem mais razão de ser.
Para quem transmite é um tiro no pé.  A audiência, que já é baixa em razão do horário eleitoral e tem seus horários de pico alterados, reduz-se em 40%, segundo o IBOPE.
O cunho comercial das grandes emissoras leva-as a pensar duas vezes na realização e transmissão desses confrontos, frustrando expectativas de políticos ansiosos para - diante de holofotes - colocar em prática seu poder de persuasão.
Para aqueles que concorrem, e no Rio Grande do Sul são nove os candidatos, é a oportunidade de contestar adversários diante do público. E ao vivo!
Contudo, nem todos estão aptos ao debate televisivo, pois é necessário ter representação na Câmara Federal para participar – regra estabelecida segundo a lei eleitoral, razão pela qual as agremiações são tratadas de forma distinta. As emissoras seguem a mesma regra.
Assim, os partidos partem para representações junto aos Tribunais Eleitorais na tentativa de não ficar de fora. Luta inglória. O próprio TSE segue a máxima aristotélica de tratar os iguais com igualdade e os desiguais com desigualdade.
No debate estaria a oportunidade dos pequenos igualarem-se em tempo e espaço de participação, na esperança que seu desempenho se contraponha às adversas pesquisas.
Até aqui, quem assistiu aos debates geralmente tem ligações partidárias, e quem não tem essa ligação tem seu candidato definido. Para os debatedores, serve como treinamento diante das câmeras, uma espécie de preparação físico-psicológica para o momento oportuno.
Nessa ótica, não será pelos debates que o eleitor decidirá seu voto, mas pela capacidade argumentativa que eles geram aos próprios militantes com relação ao convencimento do voto alheio.
Porém, para contestar esse argumento, são vários os casos de candidatos que se ausentam dos debates por orientação dos marqueteiros. Regra geral, porque possuem bons índices em pesquisas, evitando desgastes.
Por essas e por outras, os debates perderam o encanto. Os bons mesmo são travados pelo Twitter e por blogs de opinião, embora alimentados por pessoas que geralmente nem são os próprios candidatos.
Quem vive dias de redes sociais, internet, pesquisa no Google, transmídia e uma série de ferramentas mais eficientes na hora da decisão do voto não acredita que a eleição será revertida a partir do debate.
 Nos próximos dias, será transmitido o último debate e, partidarismos à parte, é preciso rever o formato. A lei que regulamenta essa realização é decadente, e o objetivo de atender o principal interessado, o eleitor, tem ficado de lado.
Mais demodê que debate, só dossiê!


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Artigo: Com sede ao pote do poder

     
Popularidade. Esse é o princípio. Tornar possível uma nova reeleição do PT não está, necessariamente, nos anseios da população, mas no partido.
       Já aqueles que se abarrotam no usufruto do poder ao redor do messias transformam cogitação em exeqüibilidade, e o plano de permanência se estende a 20 anos, tentativa fracassada do PSDB, por sua inabilidade. Mas não duvidem da capacidade daqueles que, antes, foram sempre oposição e estiveram se  preparando para a redenção partidária.
            Mal praticamos nossa democracia soberanamente, Fernando Henrique e Lula são os primeiros presidentes que permaneceram eleitos diretamente, e somos assombrados pela sede de permanência no poder, contrapondo o primeiro princípio democrático, o da alternância.
            Os atuais governistas sinalizam um possível terceiro mandato indireto, seja nos estados, seja nacionalmente, com a eleição da sucessora petista. Por quê? Pelo respaldo gerado pelo índice de 70% de aprovação dado ao companheiro.
            Contudo, para a população, segundo o Latinobarômetro (http://www.latinobarometro.org/), “apenas 33% dos brasileiros - índice igual ao da Venezuela - declararam-se satisfeitos com a democracia e tão somente 43% apoiaram esse regime político”. Nossa democracia tem a solidez de um castelo de cartas!
            São esses índices que fazem crer que, se há possibilidade do exercício de sufrágio universal, isto basta para aqueles que o exercem, independente da alternância ou permanência no poder. Entendem o voto como suficiente para o seu democratismo. Daí surgem expressões de respaldo político duvidoso, como o Tiririca, mulheres fruta e jogadores de futebol. De fato, pior que está, não fica.
            Entretanto, não é apenas a eleição de um representante central que garante a democracia. Há ainda Legislativo e Judiciário, Ministério Público e Tribunais, instiuições deturpadas através de nomeações políticas e escândalos de corrupção em todos os níveis, poderes que se inter-relacionam com o Estado e o Executivo, baseados na Constituição.
            Essa que, no Brasil, só foi estabelecida de fato há cerca vinte anos, com a Assembléia Constituinte. É o Estado democrático de direito que pode estar em discussão!
            Porém, neste nosso modelo de democracia representativa (nós elegemos quem decida sobre nossos anseios de Estado), há espaço para que os eleitos — e o grupo que está no poder — forcem o continuísmo através de brechas que permitem a modificação da Constituição. Este é o perigo, reescrevê-la ao bel prazer de quem está no poder. A oportunidade está nas leis que tramitam no Congresso.
Em conjunto com as eleições de outubro está o nosso posicionamento com relação a atual maneira de fazer política, que privilegia quem já usufrui das benesses institucionalizadas em reeleições infinitas, enquanto eleitores e neófitos nas disputas são meros coadjuvantes.
 Com isso estendível a nomeações de secretários e ministros, estes também poderiam se tornar donos de prefeituras, estados e cidades se não tropeçassem em meio a ganância por poder e enriquecimento, geralmente, ilícito. Absurdo!
            Com isso, a alternância no poder estaria soterrada. Mais que a garantia de continuar obras e projetos de “relevância” para a população, o desejo (e o exercício) de um mandato infinitamente tende a impedir que novas opiniões surjam, através de novos líderes ou da manifestação de novas idéias e conceitos.
            É imperativo que nos manifestemos através do voto! Sarney esticou seu mandato, Fernando Henrique inventou a reeleição, Lula é responsável pela perpetuação de um projeto político baseado em assistencialismo e compra de opiniões com bolsa-alguma-coisa.