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sábado, 6 de novembro de 2010

na hora de arrecadar dinheiro pra campanha, @silva_marina esqueceu-se da defesa do ambiente e defendeu o bolso

Marina Silva recebeu R$ 3 milhões de setores poluidores
Agência Estado
Empresas como Cosan (uma das maiores produtoras mundiais de cana-de-açúcar), Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Suzano Papel e Celulose, Klabin e Bunge, entre outras relacionadas a atividades poluentes, financiaram 12,5% dos R$ 24,1 milhões arrecadados para a campanha da candidata verde.

Marina teve grande parte de sua agenda política pautada pela causa ambiental. Defendeu a criação de uma agência nacional para prevenção de desastres ambientais e o veto às mudanças no Código Florestal que favoreceriam desmatadores, entre outras propostas.

De acordo com sua assessoria, o principal motivo das doações desse tipo de empresa é o modelo vigente de financiamento de campanhas, que obriga os candidatos a arrecadarem em curto prazo. "Só temos três meses para arrecadar os fundos de campanha. Não dá para pedir atestado de 100% de excelência", explica o assessor Nilson de Oliveira. "Não foi firmado nenhum tipo compromisso com as empresas financiadoras".

Segundo ele, os únicos critérios de exclusão se estenderam às empresas de fumo e de armamento. "As condições não permitem criar muitas outras barreiras." Ainda de acordo com Oliveira, as doações de pessoas físicas pela internet chegaram a R$ 169,2 mil.
fonte

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Artigo: Por que acreditar em um novo governo?

A baixaria corre solta. A legislação eleitoral não acompanha os avanços tecnológicos, a propaganda transmídia e o jeitinho brasileiro de candidatos astutos. Cabe-nos responter à pergunta acima e “tapar o sol com a peneira”, sem esquecer que corrupção não é um preço a pagar.
Não fosse o baixo nível da campanha eleitoral, perceberíamos facilmente que vivemos tempos de democracia moderna. Nos foi dada a possibilidade de um retirante governar o Brasil. Nos estados, elegemos de palhaços a jogadores de futebol.
Quando eleito, a frase emblemática de Lula de que “a esperança venceu o medo” foi uma resposta ao tipo de campanha que ele mesmo havia protagonizado em 2002. Passados oito anos, talvez ouçamos que “a verdade venceu a mentira” – independente do eleito.
São frases de marqueteiros. Os fatos, na política, tornam-se factóides. Ou seja, um gesto, uma palavra, um aceno pode ganhar a dimensão de uma agressão, de um ataque.É a política. Faz parte do jogo!
Superado esse momento e eleito o novo governante, o que esperar? Simples. Que ele cumpra o que prometeu antes de eleger-se, quase sempre com promessas de não fazer o que o governo anterior fez.
Não, não é tão simples assim. Primeiro, porque o eleito procura implementar suas propostas baseado em um plano de governo. Depois, porque esse mesmo plano deve divergir do que está implementado.
Nada disso tem a ver com a dicotomia entre esquerda e direita, mas em ser oposição ou fazer parte do governo, sua base e projeto. Tem a ver, principalmente, com a governabilidade.
Para se ter um bom governo, é preciso uma boa composição no legislativo. Os deputados eleitos têm que estar ao lado do governante e votar a favor das proposições do Executivo. Tarefa inglória, pois isso pode levar a negociação de cargos antes mesmo da posse.
Esquerdismos à parte, a eleição de Tarso Genro não deve significar a implementação de um projeto de “ditatura do proletariado” em solo gaúcho. Tampouco Yeda implementou um projeto liberal.
Direitismos de lado, o governo Lula pautou-se pela social-democracia, o assistencialismo e a implementação de um modelo em que ele mesmo disse que não existiria mais direita e esquerda. Com o que há que se concordar!
Essas teorias servem apenas para militantes, estudantes da matéria política, com seus cientistas, marqueteiros, publicitários e politólogos. Existe, mesmo, a necessidade de atender a quem elege: o eleitor! A população!
Em síntese: quando eleitos, os governantes, independentes de suas correntes ou propostas políticas, querem fazer o bom trabalho, o bem para a população. Por isso devemos acreditar em um novo governo no RS e no Brasil, independente de quem seja o próximo presidente.
Quem julga é a urna! 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

No mínimo, estranha a foto de @betoalbuquerque ao lado Temer


Pra quem o conhece, seria no mínimo estranha a foto publicada em ZH dominical. Mas é emblemática a presença do cicerone Beto Abuquerque - homem forte do PSB ligado diretamente às articulações de sua agremiação no Governo Lula e na vitória de Tarso Genro no RS - ao lado de Michel Temer, do PMDB, partido arquiinimigo da "esquerda" gaúcha.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dica do @leodeboni lá do @blogdojefferson "a primeira vítima é a verdade"

O vale-tudo de Dilma

Abaixo, meu artigo, quinzenal, publicado no jornal "Brasil Econômico".

"O jornalista e historiador Phillip Knightley, após pesquisar o trabalho dos correspondentes de guerra, conclui que, nos conflitos militares, a primeira vítima é sempre a verdade. Nas disputas eleitorais também, por mais indispensáveis que sejam. Na atual campanha presidencial, a verdade foi fulminada em várias ocasiões, mas em nenhuma ocorreu um morticínio como nas pesquisas eleitorais.

Em meio ao 'fogo amigo', a campanha da candidata petista parecia avançar sem grande resistência, até que se tornou claro que a vitória já no primeiro turno não estava assegurada. Com a popularidade nas alturas e sentindo-se invencível, Lula tomou a possibilidade de um segundo turno como uma afronta pessoal, apesar de tudo indicar que seria vencido por sua criatura política.

Esquecendo que o Lula vencedor era o 'Lulinha Paz e Amor', incorporou o "João Ferrador", personagem do Jornal do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nos anos 1970 cujo bordão era 'Hoje eu não tô bom!'.

Deixou os afagos de lado, decidido a passar o trator por cima de todos que surgissem pelo caminho, destilando ódios e distribuindo insultos e ameaças. Consumada a vitória com sabor de derrota, engatou marcha à ré. Qual Lula atuará publicamente neste final de campanha ainda não está claro, mas uma coisa é certa: contra o Lula, só o Lula.

Se os excessos de Lula ajudaram a levar a eleição para o segundo turno, agora a oposição vai ter de mostrar seus acertos. O que falta ao Serra para suplantar o Dilma-Lula? Teria de dar mais ênfase ao governo de FHC, mostrando, por exemplo, que as privatizações trouxeram benefícios ao Brasil; dizer que na verdade as estatais não são do povo, como querem fazer crer Lula e o PT, mas dos sindicatos e dos partidos políticos e estão na origem da corrupção que estarrece o país.

Muito da popularidade de Lula e o que vinha sustentando a eleição de Dilma é o Bolsa Família ("ela recebeu 46,91% dos votos válidos em todo o país, mas em dez estados - oito deles no Nordeste, ultrapassou a marca de 50%, suficiente para vencer já no primeiro turno. Desses dez, nove fazem parte da lista de dez estados com maior abrangência do Bolsa Família", segundo "O Globo"). De onde se conclui que o primeiro grito não é o da urna, mas do estômago. O voto começa no tripeiro, depois vêm razão e emoção.

Serra precisa insistir ainda em falar sobre o 13º para os beneficiários do Bolsa Família, no aumento de 10% para os aposentados, enfim, dar à cobra o veneno da cobra. O problema é que se Lula tem seu lado 'João Ferrador', Serra tem sua parte Ciro Gomes, com sua capacidade incomparável para detonar a própria candidatura.

A campanha para o segundo turno trouxe um Serra renovado. Até seu programa melhorou.

Como uma eleição que vai ser definida nos descontos e os dois times têm jogadores que não resistem à tentação de chutar o adversário na pequena área e na frente do juiz, tudo é possível. O certo é que entramos na fase do vale-tudo - e nisso Dilma conta com um craque."



Fonte

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Marina Silva não é o PV (@cesarmaia)

A SÍNDROME DE DOM QUIXOTE! MARINA SILVA E O FUTURO! VIDE OMINAMI E MOCKUS!
                    
1. É fato que Marina Silva termina a eleição fortalecida por seus 20%. Mas é fato também que isso não acrescentou um deputado federal a mais ao PV. Conclusão óbvia é que destes 20%, o PV talvez tenha contribuído com 2%, se tanto.
                    
2. Marina foi uma referência para o voto ético, o voto dos que acham que a politica é suja e Marina é limpa com cheiro de eucalipto. Mas também foi referência para um voto de exclusão aos compromissos do PT e de Dilma com o PNDH3 e os valores cristãos relativos à vida e a família.
                    
3. Mas nos dois casos, o voto não é dela. É um voto reativo contra os "fichas sujas e os ateus". E nem dará, no futuro, para ela colocar no mesmo balaio razões de voto tão diferentes.
                    
4. A ideia que um voto circunstancial e conjuntural dá ao politico que o atraiu garantia que esses eleitores continuarão com ele é ingênua.
                    
5. O PV, no dia 17, vai decidir..., não decidir. Imagina -ingenuamente- que, com isso, não se contamina em nenhum dos dois lados e sai da eleição como um tercius. Ilusão treda, diria Augusto dos Anjos.
                    
6. Nos últimos meses, tivemos dois casos assim em eleições presidenciais: o jovem Ominami no Chile e o ex-prefeito de Bogotá Mockus na Colômbia. Votações que foram além desses 20% de Marina e com mais conteúdo, e claro, sempre dentro do figurino ficha limpa x política ficha suja. Ominami inclusive lavou as mãos no segundo turno. Poucos meses depois não há sinal da liderança de ambos e da referência que foram na eleição presidencial.
                    
7. Na política há que se ter lado. Se Marina tiver lado, será parte do segundo turno. Marcará sua presença na campanha e na TV. Estabelecerá links de reconhecimento e compensação, seja com  o PSDB seja com o PT, a níveis estaduais como nacional, dependendo do resultado da eleição. Marina foi até aqui um fenômeno derivado de outros. Mas pode alavancar-se e a seu partido se tiver lado nesse segundo turno.
                    
8. A doença infantil e mortal na política é a Síndrome de Dom Quixote. Em geral, termina abraçado com seu cavalo e Sancho Panza.


Fonte: Ex-Blog do Cesar Maia email blogdocesarmaia@gmail.com