A baixaria corre solta. A legislação eleitoral não acompanha os avanços tecnológicos, a propaganda transmídia e o jeitinho brasileiro de candidatos astutos. Cabe-nos responter à pergunta acima e “tapar o sol com a peneira”, sem esquecer que corrupção não é um preço a pagar.
Não fosse o baixo nível da campanha eleitoral, perceberíamos facilmente que vivemos tempos de democracia moderna. Nos foi dada a possibilidade de um retirante governar o Brasil. Nos estados, elegemos de palhaços a jogadores de futebol.
Quando eleito, a frase emblemática de Lula de que “a esperança venceu o medo” foi uma resposta ao tipo de campanha que ele mesmo havia protagonizado em 2002. Passados oito anos, talvez ouçamos que “a verdade venceu a mentira” – independente do eleito.
São frases de marqueteiros. Os fatos, na política, tornam-se factóides. Ou seja, um gesto, uma palavra, um aceno pode ganhar a dimensão de uma agressão, de um ataque.É a política. Faz parte do jogo!
Superado esse momento e eleito o novo governante, o que esperar? Simples. Que ele cumpra o que prometeu antes de eleger-se, quase sempre com promessas de não fazer o que o governo anterior fez.
Não, não é tão simples assim. Primeiro, porque o eleito procura implementar suas propostas baseado em um plano de governo. Depois, porque esse mesmo plano deve divergir do que está implementado.
Nada disso tem a ver com a dicotomia entre esquerda e direita, mas em ser oposição ou fazer parte do governo, sua base e projeto. Tem a ver, principalmente, com a governabilidade.
Para se ter um bom governo, é preciso uma boa composição no legislativo. Os deputados eleitos têm que estar ao lado do governante e votar a favor das proposições do Executivo. Tarefa inglória, pois isso pode levar a negociação de cargos antes mesmo da posse.
Esquerdismos à parte, a eleição de Tarso Genro não deve significar a implementação de um projeto de “ditatura do proletariado” em solo gaúcho. Tampouco Yeda implementou um projeto liberal.
Direitismos de lado, o governo Lula pautou-se pela social-democracia, o assistencialismo e a implementação de um modelo em que ele mesmo disse que não existiria mais direita e esquerda. Com o que há que se concordar!
Essas teorias servem apenas para militantes, estudantes da matéria política, com seus cientistas, marqueteiros, publicitários e politólogos. Existe, mesmo, a necessidade de atender a quem elege: o eleitor! A população!
Em síntese: quando eleitos, os governantes, independentes de suas correntes ou propostas políticas, querem fazer o bom trabalho, o bem para a população. Por isso devemos acreditar em um novo governo no RS e no Brasil, independente de quem seja o próximo presidente.
Quem julga é a urna!
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