quarta-feira, 11 de abril de 2012

Em @zerohora: Vereadores que perderam o mandato por trocar de partido


TROCA DE PARTIDO

Cinco vereadores perdem o mandato

O TRE determinou a perda do mandato de cinco vereadores do Interior. Eles foram punidos por troca partido e devem ser substituídos por suplentes.

Em Tramandaí, Luiz Paulo Carvalho havia trocado o PRB pelo PMDB. Em Vacaria, Mário Almeida foi eleito pelo DEM e migrou para o PMDB. Em Tapes, Iran Vieira rumou do PMDB para o PDT. Em Crissiumal, Sandra Trentini saiu do PSB e entrou no PC do B. E, em Mormaço, Olair de Carvalho trocou o PSB pelo PP.


Comentário
Em ano eleitoral, a atividade dos vereadores é praticamente dedicada a campanha. O que podem fazer os vereadores que assumirem as cadeiras destinadas ao partidos?

segunda-feira, 9 de abril de 2012

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Às vezes, fico pensando se o Senador @paulopaim é mesmo governo. Confira seu artigo publicado hoje em @zerohora


O outro lado da desoneração, por Paulo Paim*

O governo anunciou medidas para incentivar a produção e a geração de emprego e renda. Não há dúvida de que qualquer ação que vá ao encontro do desenvolvimento do nosso país é legítima. Porém, não podemos deixar de advertir que a desoneração da folha de pagamento, de 20% para 2,5%, 1% e até 0% como já está sendo aplicada em alguns setores, causará sérios problemas sociais com horizontes nada promissores para a previdência social pública.

Da forma como está sendo feito, em via de mão única, sem nenhuma contrapartida como, por exemplo, o fim do fator previdenciário e reajustes reais (inflação mais o PIB) para os milhões de beneficiários do INSS, é muito injusto com aqueles que também deram e continuam dando o suor pelo país. Quem mais uma vez pagará a conta serão os trabalhadores e aposentados.

Vale lembrar que o famigerado fator previdenciário, que há mais de uma década assombra a vida dos brasileiros, retira 45% do salário do trabalhador e, em alguns casos, até 55% do salário da trabalhadora na hora da aposentadoria. Sem contar que as aposentadorias e pensões estão cada vez mais minguadas e as despesas com medicamentos e alimentação adequada não param de subir.

Infelizmente, o reajuste das aposentadorias não acompanha o crescimento do salário mínimo. Lá atrás, os aposentados ganhavam 20 salários mínimos, depois passaram para 15, 10 e hoje, em torno de seis. No andar da carruagem, num futuro bem próximo, o benefício do segurado do INSS não ultrapassará o valor de um salário mínimo, o que fará da nossa previdência um verdadeiro “seguro social mínimo”.

Até pouco tempo, aqueles que hoje querem abdicar de bilhões da nossa previdência social afirmavam que ela estava falida. Não havia dinheiro, segundo eles, para reajustar os benefícios e liquidar com o fator previdenciário. “Eles” diziam que R$ 7 bilhões quebrariam a previdência. Agora, de pronto, abrem mão de R$ 7,2 bilhões por meio da desoneração da folha de pagamento. Essa é uma conta que não tem lógica, pois ninguém abre mão de receitas de uma fonte que não tem lastro... Isso está parecendo “Terra de Marlboro”.

Essa história de dizer que a União vai cobrir o “eventual déficit” é um filme a que todos nós já assistimos por repetidas vezes. Temos exemplos como Transamazônica, Volta Redonda, Brasília, Rio-Niterói, entre outros, que foram construídas com dinheiro da previdência e até hoje, pasmem, a União não devolveu um centavo sequer.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Artigo: Eu bebo, sim!



Há um pouco de hipocrisia no copo. Arraigado culturalmente, o consumo de bebidas alcoólicas chega a ser uma tradição tão forte quanto o futebol. Legislar a respeito é um desafio, e o consenso é quase impossível.
Na cultura chinesa, não beber em um encontro, principalmente no de negócios, é um insulto. Ao som de “Kampé”, o anfitrião saúda o convidado, como que ordenando-o a beber.
Por aqui não é diferente. E, em alguns casos, é deselegante não brindar. Não existe comemoração, felicitação ou grito de gol sem bebida.
Estranhamente, no Brasil, onde várias leis são falhas e não regulamentadas, o Decreto Federal 6.871/2009 especifica em detalhes o modo de elaboração, os ingredientes, a graduação e o nome de bebida típica nacional: a caipirinha!
Apesar do empenho de nossos legisladores em definir o que é caipirinha, faltou determinação na hora de decidir sobre o consumo de bebidas nos estádios durante a votação da Lei Geral da Copa. A responsabilidade ficou com os estados. Na hierarquia das leis, se a União não legisla, transfere a decisão para os estados, cabendo a eles a decisão.
Mas esses entes federativos assinaram algum termo de compromisso com a Federação Internacional de Futebol (FIFA)? Não. Claro que não. Então, por que, em nome de possíveis interesses econômicos, o governo do estado pretende anular a “Lei Miki Breier” (12.916/2008), que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios?
Lei é para ser cumprida. E aqui surge outro senão. Quando há dúvida, o Supremo Tribunal de Justiça tem por fim dirimi-la. Exemplo disso é a decisão sobre a Lei Seca. Recentemente, o STJ decidiu que somente o teste do bafômetro e o exame de sangue devem comprovar embriaguez.
De modo que pergunto: pode a questão do consumo de bebida nos estádios durante a Copa ser levada a instâncias superiores? E respondo: sim!
Porém, enquanto não há um desdobramento na questão, os mesmos que apontam índices de redução de violência nos estádios, ou mesmo no trânsito, respondem para onde se deslocaram brigas, acidentes e demais fatalidades?
Assim, podemos concluir que, se o consumo não diminuiu e ninguém é culpado por ingerir bebida, é a personalidade que determina a consequência dos atos.
Sob esse viés, beber e dirigir, alcoolizar-se e incitar violência, é responsabilidade do indivíduo que o causa, e não do álcool. Se o consumo é lícito, então, por que não há liberação do consumo nos estádios gaúchos e demais estados do Brasil?
Sou a favor da roda de bar, do direito ao happy-hour e de que quem possa decidir sobre ingestão de bebidas seja o cidadão e não o Estado. Não se trata de deflagrar a apologia ao consumo de álcool, mas sim de questionar legislações dúbias e de interpretação, por vezes, equivocada.
Deixemos de ser hipócritas, afinal, como diz a canção, “Eu bebo, sim! / Eu bebo, sim! Eu tô vivendo / Tem gente que não bebe / E tá morrendo”.


Clei Moraes