sexta-feira, 18 de abril de 2014

#Artigo:: O preço alto do revanchismo entre as siglas é ser a mosca do alvo petista



"Nesse cenário, Aécio não disse a que veio. E ainda há a incógnita do fator Eduardo Campos com Marina Silva nos próximos capítulos…"




Nesta eleição, entre os candidatos à presidência, Aécio “neto de Tancredo” Neves é o ator escalado para representar a polarização eleitoral do Brasil. A cada quatro anos, PT versus PSDB disputam o “Fla-flu” de nossa política nacional.
Desde a morte de seu avô, passado o soluço (hic!) de Collor na presidência, essas agremiações digladiam-se em busca do eleitorado. Tal característica o mantém na faixa dos 15% nas pesquisas, a mesma que já ocupou Serra. E poderia ser eu ou você, com igual índice, se tucano fôssemos.
O programa de Aécio, veiculado nessa quinta, deixou isso claro. Tese e antítese. Aida assim, continua “escondido” o dinossáurico ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, há 12 anos na geladeira. Mas quem lembra dele? E o que ele agrega? Nada. Ou um pouco de seriedade ao difamado estilo playboy do senador mineiro.
Nesse momento de possível combustão social, de manifestações e questionamentos, de insatisfação geral e econômica, de redes sociais e rolezinhos, colar a imagem no passado jurássico do Plano Real parece um equívoco. Há méritos, claro, mas precisamos de um novo Real? Não.
Se FH não ajuda, a própria presidente, o deputado semimorto, André Vargas, e o doleiro o fazem. Não fosse a possibilidade iminente da CPI da Petrobrás, a oposição telecath ao governo Federal estaria a ver navios. Lógico que o fato que já protagonizou o programa do socialdemocrata irá rechear a campanha eleitoral e viralizar a internet.
Aécio paga o pato de ter que se submeter ao balde de caranguejos de seu partido. Sua indicação como pré (inocuidade da legislação eleitoral!) candidato demorou a sair. Também não há um vice definido. E defender a Petrobrás é obrigação para torná-lo mais conhecido e questionar a gestão de sua adversária.
O preço alto do revanchismo entre as siglas é ser a mosca do alvo petista. Não se trata mais de esquerda X direita X projeto. A situação é tão esdrúxula que chegou ao ponto de ele propor transformar o Bolsa Família em política de estado e “restatizar” a Petrobrás. Quando na história desse país?
De outro lado, o PT procura levar a CPI a Minas (Furnas) e descaracterizar o semblante de bom moço do senador. Pra isso, vale tudo! Desde insinuações sobre uso de drogas ao popularizado vídeo do pileque no Rio de Janeiro – cidade maravilhosa. Aspas: Lula tem pecha semelhante.
Assim como a televisão influencia o eleitor, também as pesquisas eleitorais colaboram. Não por acaso a pesquisa divulgada pela Carta Capital – sabidamente apoiadora de Dilma –  veio a público no exato dia do programa de TV de Aécio. À noite, o Ibobe apresentou a presidente em queda.
Nesse cenário, Aécio não disse a que veio. E ainda há a incógnita do fator Eduardo Campos com Marina Silva nos próximos capítulos…
(*imagem do programa de TV. Clique aqui para assistir)

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