terça-feira, 15 de abril de 2014

Leia: Das redes sociais para as urnas


"Não se surpreendam se isso refletir nas eleições e os índices das redes sociais passarem a figurar e influenciar as próximas pesquisas."

Leia mais: A hora do traíra

Casamento
Nesta segunda, o novo presidenciável brasileiro, Eduardo Campos, declarou seu amor eterno por Marina (até que a próxima eleição os separe). É sempre assim nos casamentos políticos. Programáticos ou não.
Nada errado nessa ou em outras relações, pelo contrário. É da política a aliança eleitoral. Como no matrimônio, tem por objetivo sonhos, desejos, objetivos materiais e constituir patrimônio. Nesse caso, político.
O dote da noiva, sua vice na chapa à presidência, não é pouca coisa. Na última eleição, Marina Silva obteve cerca de 20 milhões de votos e, quando sozinha, representava ameaça direta a reeleição de Dilma, segundo as pesquisas.
O Padrinho
Pode ter passado despercebido de alguns, mas o padrinho desse casamento é o ex-presidente Lula. Tanto Marina quanto Campos são ex-ministros seus. A “família” de Eduardo, até pouco tempo, fazia parte do clã.
Rebelde, Eduardo Campos saiu de casa. Era um preço muito alto a pagar ter que casar com a filha feia do padrinho. Já não concordava com as decisões familiares. Tornara-se um bom partido e foi pousar sua pomba em outras redes. Rotularam-no de traíra.
Temendo o surgimento de uma nova rival, o patriarca usou de sua influência, articulou e pimba! Estava impedido o surgimento de uma nova casa, a Rede. Assim, Lula e os seus jogaram Marina no colo de Eduardo, apadrinhando o enlace.
Nova Política
Com a trilha nupcial da nova política, estão constuindo um (novo) cenário para a disputa presidencial. Destaque para os eventos políticos intercalados por atividades culturais e encerrados com bate-papos virtuais.
O evento desta segunda em Brasília foi cercado de simbolismos, artistas, políticos de outros partidos e a presença de canais oficias, como o youtube (o twitter já foi um deles, e a hashtag #eduardoemarina figurou no toptrends Brasil).
Há algo novo nisso? Provavelmente sim. Em pouco mais de seis meses, a página oficial de Eduardo Campos no facebook é a maior dos presidenciáveis em número de seguidores, mais que Dilma ou Lula, somada a de Marina, supera 1.1 milhões de curtidas.
O Traíra
Se as redes sociais serão um fator decisivo nas eleições, Eduardo Campos acertou na estratégia. Desconhecido de cerca de 42% da população segundo o último DataFolha, usa seus perfis para propagar ideias e alfinetar a presidente
Já a família da noiva feia soma (de novo) erros nas redes. Militantes pagos e acusações baixas, com a palavra chave “traíra” e até uma postagem no perfil oficial do partido, tentam desqualificar o antigo aliado.
Com pressa de baiano, paciência de mineirinho e sede de nordestino para disputar as eleições, Eduardo acertou sua hora. Saiu do governo antes dos escândalos da Petrobrás, CPI´s e do fracasso econômico. (Foi trairagem?).
Não se surpreendam se isso refletir nas eleições e os índices das redes sociais passarem a figurar e influenciar as próximas pesquisas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário