terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Matéria de Zero Hora e a falta de seriedade no Piratini

"Apesar das dificuldades de quem assume um governo,
o processo não pode ser considerado uma piada"


Zh: 


Vaivém marca estreia no Piratini

(...)

No lado de fora, mulher protesta

Vestindo uma longa capa branca, demonstrando fluência em francês e inglês, Elvira disse que a ONU a reconheceu como “a emissária de Deus para salvar as pessoas da morte, da guerra e da dor”. E o Conselho de Segurança mandou nomeá-la como governadora-adjunta de Tarso.

– Não toca no meu corpo que é crime! Estou acima das jurisdições penais internacionais – alertou ela quando um segurança a impediu de entrar.

Ninguém acreditava que Tarso soubesse que ela estava ali, apesar de a mulher afirmar que os dois fizeram contato telepático pela manhã. Acontece que, na fantasia de Elvira, o governador estaria sedado no segundo andar. Os políticos, com medo dela, teria dado uma injeção no governador. É óbvio que ninguém acreditou no delírio.

Naquele momento, o presidente da Assembleia, Giovani Cherini (PDT), deixava a Casa Civil após um encontro com o secretário Carlos Pestana (PT). Foi lá reivindicar mais espaço para o PDT no governo – até agora, uma série de cargos do segundo escalão segue em aberto. Cherini dava entrevista enquanto uma série de móveis e documentos era carregada de lá para cá.

– O segundo escalão também está uma bagunça? – perguntou um repórter.

– Vai depender das decisões que o governador tomar nos próximos dias – sorriu o presidente.

Quando o chefe da Casa Militar apareceu de novo, disse que só falaria no caminho para o carro, pois estava atrasado para a transmissão de cargo na Segurança. Falou que estava tudo bem, que há dias sua equipe vinha se instalando, mas quando a reportagem pediu para ele parar um minuto de caminhar, respondeu:

– Pode ser amanhã?


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pra quem era contra privatização: @Dilmabr vai privatizar novos terminais de aeroportos


A presidente Dilma Rousseff decidiu entregar à iniciativa privada a construção e a operação dos novos terminais dos aeroportos paulistas de Guarulhos e de Viracopos, dois dos principais do país.

A medida faz parte de pacote que será baixado por meio de medida provisória --talvez ainda neste mês.

O texto inclui também a abertura do capital da Infraero (estatal responsável pela administração do setor aeroportuário) e a criação de uma secretaria ligada à Presidência da República para cuidar da aviação civil --como a Folha antecipou em 2010.

A equipe de Dilma já conversou com empresas como a TAM e Gol, que manifestaram interesse na construção e operação de novos terminais. O prazo da concessão deve ser de 20 anos.

O objetivo oficial do pacote é desafogar aeroportos que serão vitais para a Copa do Mundo de 2014. Assessores da presidente disseram à Folha que ela deu prazo de 15 dias para finalizar o texto.

Segundo a Infraero, o governo federal precisa investir R$ 5,5 bilhões nos aeroportos ligados às 12 sedes da Copa. A avaliação dentro do governo é que a estatal não terá condições técnicas para, sozinha, bancar esses projetos.

Durante o governo Lula, o ministro Nelson Jobim (Defesa) chegou a defender que a administração de todos os aeroportos fossem concedidas à iniciativa privada.

A ideia foi rejeitada por Lula e pela então ministra Dilma (Casa Civil). Ambos temiam o rótulo de privatizantes --o mesmo rótulo que o PT procurava impingir ao principal adversário na eleição, José Serra (PSDB).

Na Casa Civil, Dilma sempre dizia preferir abrir o capital da Infraero, para que esta pudesse captar recursos e aumentar a capacidade de investimentos.

No aeroporto de Guarulhos, o maior do país e principal centro de chegada de voos internacionais, o projeto da Infraero prevê R$ 1,2 bilhão de investimentos. A obra mais cara é a construção do terceiro terminal, orçada em R$ 700 milhões.

Em Viracopos (Campinas), os investimentos previstos são de R$ 742 milhões. O novo terminal deve consumir R$ 690 milhões.

BRASÍLIA

A Folha apurou que um novo terminal para o aeroporto de Brasília também poderá entrar no pacote.

A concessão dos terminais esvazia o plano de construtoras de construir um terceiro aeroporto nos arredores de São Paulo, em sociedade com as companhias aéreas.

Havia o temor no Planalto de que um terceiro aeroporto roubasse potenciais passageiros do trem-bala.

Já a nova Secretaria de Aviação Civil, ideia discutida na montagem da equipe de Dilma, vai retirar do Ministério da Defesa o controle sobre o setor, o que já está combinado com Jobim.

fonte:
Folha.com - Poder - Dilma vai privatizar novos terminais de aeroportos - 03/01/2011

Lembram da Erenice? @ZeroHora: Sindicância chega ao fim sem punição

"Alguém acreditava que ela fosse punida?

Não fosse o período eleitoral, estaria na casa civil até hoje."


Sindicância chega ao fim sem punição

A sindicância instalada na Casa Civil no dia 16 de setembro para apurar o envolvimento de servidores do órgão em tráfico de influência na gestão da ex-ministra Erenice Guerra chegou ao fim sem pedir punições.

Dois ex-funcionários da Casa Civil foram investigados: Vinicius Castro e Stevan Knezevic.

O esquema de tráfico de influência seria comandado pelo filho de Erenice, Israel Guerra, e contava com a ajuda de Knezevic e de Castro. Ambos pediram demissão da Casa Civil em setembro. Castro deixou o governo, e Knezevic voltou para seu órgão de origem, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), onde é concursado.

Com base no relatório da comissão de sindicância interna, coube ao ministro Carlos Eduardo Esteves (Casa Civil) decidir o que fazer com as conclusões. O prazo da comissão foi prorrogado duas vezes. O último deles para não coincidir com a reta final da campanha presidencial.

Esteves deixou o cargo ontem, entregando a Casa Civil a Antonio Palocci, e decidindo por não punir ninguém. A sindicância não investigou Erenice – que foi sucessora de Dilma Rousseff na Casa Civil – porque não tem poderes para isso.

Erenice, que participou da cerimônia de posse de Dilma no sábado, segue sendo investigada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União.