terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Matéria de Zero Hora e a falta de seriedade no Piratini

"Apesar das dificuldades de quem assume um governo,
o processo não pode ser considerado uma piada"


Zh: 


Vaivém marca estreia no Piratini

(...)

No lado de fora, mulher protesta

Vestindo uma longa capa branca, demonstrando fluência em francês e inglês, Elvira disse que a ONU a reconheceu como “a emissária de Deus para salvar as pessoas da morte, da guerra e da dor”. E o Conselho de Segurança mandou nomeá-la como governadora-adjunta de Tarso.

– Não toca no meu corpo que é crime! Estou acima das jurisdições penais internacionais – alertou ela quando um segurança a impediu de entrar.

Ninguém acreditava que Tarso soubesse que ela estava ali, apesar de a mulher afirmar que os dois fizeram contato telepático pela manhã. Acontece que, na fantasia de Elvira, o governador estaria sedado no segundo andar. Os políticos, com medo dela, teria dado uma injeção no governador. É óbvio que ninguém acreditou no delírio.

Naquele momento, o presidente da Assembleia, Giovani Cherini (PDT), deixava a Casa Civil após um encontro com o secretário Carlos Pestana (PT). Foi lá reivindicar mais espaço para o PDT no governo – até agora, uma série de cargos do segundo escalão segue em aberto. Cherini dava entrevista enquanto uma série de móveis e documentos era carregada de lá para cá.

– O segundo escalão também está uma bagunça? – perguntou um repórter.

– Vai depender das decisões que o governador tomar nos próximos dias – sorriu o presidente.

Quando o chefe da Casa Militar apareceu de novo, disse que só falaria no caminho para o carro, pois estava atrasado para a transmissão de cargo na Segurança. Falou que estava tudo bem, que há dias sua equipe vinha se instalando, mas quando a reportagem pediu para ele parar um minuto de caminhar, respondeu:

– Pode ser amanhã?


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