quarta-feira, 6 de março de 2013

Artigo: Eleições 2014 já!

Sem medo de errar, podemos dizer que, desde a redemocratização e do movimento “Diretas já!” houve uma “petetização” das disputas eleitorais para a presidência da República, polarizadas entre dois partidos e um variado e alternado leque de apoiadores.

Os presidenciáveis:
 Dilma, Eduardo Campos, Marina. Aécio Neves
A história política recente mostra que Lula foi a “água mole na pedra dura” de nossa democracia. Até levar a esquerda e seu partido ao poder, foi derrotado pelo ex-caçador de marajás e atual “parceiro” (vide caso do Procurador Geral da República) Fernando Collor. Seguiram-se mais duas derrotas para Fernando Henrique. Até derrotar José Serra, 2002.
Luiz Inácio lançou Dilma candidata a reeleição. Possivelmente, tenha incorrido em crime eleitoral, como acontecera na eleição passada quando fora penalizado com pífias multas por “propaganda eleitoral antecipada”. Arquétipo de uma série de regras torpes e ultrapassadas da nossa legislação eleitoral.
Torpe porque, por exemplo, sem saber como lidar com a internet e redes sociais e em nome de um possível combate ao abuso de poder econômico, a justiça eleitoral não permitiu o uso de Twitter, Facebook e outras ferramentas virtuais nas últimas eleições. A livre manifestação individual fora do período eleitoral foi proibida em 2008, 2010 e 2012 – quando nem mesmo candidatos natos (no caso de vereadores e deputados) puderam se manifestar.
Ora, por que isso ocorre?
a) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exerce seu poder de regulamentação de forma temporal. Ou seja, cada eleição tem uma regra específica e o que valeu na eleição anterior pode não valer na próxima;
b) há um vácuo Legislativo, não há legislação suficiente e a que existe não acompanha a velocidade de nossos avanços tecnológicos e de expressão individual;
c) a reforma política paira entre o cipoal legislativo do Congresso Nacional, barrada por interesses pessoais, partidários e, principalmente, eleitoreiros.
Então, por que não permitir que, sem se utilizar de meios publicitários, de marketing e propaganda, os candidatos que assumam suas candidaturas e propostas de maneira individual? Por que nossos deputados não exercem seu papel de legislador e propõem tais mudanças?
Talvez porque os partidos procurem evitar o debate sobre as eleições 2014 em nome de não sobrepujar supostos anseios mais prementes dos brasileiros. Mas o que é mais importante para um cidadão no exercício pleno de seu direito ao sufrágio que conhecer seu futuro presidente e debater a respeito de seus respectivos programas e projetos?
Não fosse a atual confusão em ser ou não governo e a osmose existente entre as agremiações, não haveria a falsa-polêmica e a hipocrisia de nossos representantes, seus “não-candidatos e  não-partidos”. Nesse contexto, erram as agremiações, pois deveriam tratar governo independente de candidaturas, e este não deveria exercê-lo como máquina eleitoral.
É preciso deixar a máscara de lado, valorizar o debate, conhecer apoiadores, financiadores, candidatos e partidos e que nossos legisladores antecipem não só as candidaturas, mas as regras das próximas eleições.
É bom para população.

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