quarta-feira, 30 de julho de 2014

#Artigo: Eu sou rebelde!


Já não tenho mais a juventude que me carregou nos ombros quando ocorreu o “Fora Collor”. Nem por isso deixei de reclamar e questionar como as coisas estão postas em nossa política, principalmente.
Qual a principal característica “da idade”? Questionar, reclamar, querer saber e entender os quês e os porquês? Não é dali que surge a esperança, até mesmo aquela que “venceu o medo”, e a vontade de mudar o mundo?
Se, hoje, as redes sociais servem para dar voz às insatisfações em geral, por que não “a molecada” pode usá-las para protestar, organizar-se e transformar as vias virtuais em manifestações das ruas? Não só podem, como devem!
Lula, ultimamente, pensa e ordena o contrário. Em recente manifestação pública, em referência aos jovens, afirmou: “em vez de ficar reclamando daquilo que os outros fazem (...), acho que temos que trabalhar para coisas concretas”. Ou seja, uma sugestão clara, para que a juventude não reclame.
É recorrente debater os impropérios do ex-presidente. Além do vasto material já disponível na internet, ele mesmo dá jeito de ampliar os containers. Desta vez, foi através de vídeo no youtube, disponibilizado no site do Instituto Lula.
Aliás, sobre instituto, valendo-me do vernáculo, é uma “regulamentação; norma, regra, modo de viver” ou “nome de certos estabelecimentos de pesquisa científica, de ensino”. Logo, podemos depreender que as afirmações ou “ensinamentos” lá disponibilizados são doutrinários.
Lula deveria saber disso. Sua origem de reivindicações sindicais e busca de conquistas para os trabalhadores -  além do próprio partido que fundou - seria o bastante para incentivar (e não tolher) o reclame dos jovens. Errou feio!
O que mais espanta nas afirmações é o tom autoritário de quem vocifera contra aqueles que já o apoiaram, mas que hoje perderam o interesse pela política. A juventude deixou de acreditar que ela própria, ou quem a representa, faça a diferença.
Corroboram com essas afirmações o descrédito dos políticos, com a imagem recorrente de corrupção, tipificada na diminuição do alistamento eleitoral, na faixa de 16 a 18 anos.
Lula, estou reclamando de ti, eu sou rebelde!

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