Uma carta a Marina.Um pouco sobre Eduardo e Beto Albuquerque
Sou daqueles que acreditam que a política tem um propósito em si: o de transformar
.
E, mesmo que Eduardo Campos ainda estivesse em terceiro nas pesquisas, acreditava nele. Primeiramente porque me devolveu a esperança que outros roubaram.
Depois, porque era um cara novo, moderno, com uma visão de mundo diferente. E, mesmo nascido na velha política, que ele tanto criticava, era um rebelde que pregava a nova política. Um novo jeito de fazer as coisas.
Quando se viu de punhos erguidos, lutando contra moinhos gigantes, veio Marina Silva e cerrou punhos com ele. E lá estavam os dois, engatilhados para agitar a vida política nacional com novas propostas e ideias.
Agora, ele se foi. E antes de tentar encontrar motivos para que ele tivesse tido um filho com síndrome de down, perdido a inspiração de Suassuna e morrido no dia da morte do avô, logo após o dia dos pais e dia em que completou 49 anos, é preciso enxugar as lágrimas.
Então Marina, procure manter a cabeça erguida e os pés no caminho, pois ainda penso que é possível mudar o Brasil.
É neste momento que a coragem pra isso está sendo posta em prova.
Siga os passos de Eduardo, que dizia que iria "juntar os bons e melhorar o país". Cerque-se dos bons. Faça as coisas pelo bem das pessoas, do nosso povo e do ressurgimento da boa polítca, de cara limpa.
Falo tudo isso para que observe antes de agir, respire antes de falar e estenda a mão a quem pode ajudar a promover a renovação.
Nunca esquecerei o elogio que Campos deu a Beto Albuquerque "O Beto é meu precipício". Mas pra você, Marina, ele pode ser uma alavanca, um motor e a energia para as horas em que as forças faltarem.
Espero que vejam um nos olhos do outro, o quanto é imensa a responsabilidade que a perda da vida de um líder tem na construção de novos líderes.
Me chamo Clei Moraes e não vou desistir do Brasil
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