sábado, 1 de março de 2008

Segurança pública e eu. E daí?

(* publicado na Zero Hora de 14/04/07)
(* publicado em O Nacional - Passo Fundo - de 14/04/07)
(* publicado no Jornal do Comércio de 16/08/07)

Assisto à política como quem assiste a um Gre-nal. Não gosto muito de futebol, mas, se quero ver de perto, tenho que pagar ingresso, como quem vai a um jogo. Nas suas áreas e torcidas, cadeiras ou geral, na segurança pública não é diferente, é mais uma distinção na maneira de pagar.

Quando vou a um jogo, faço parte da torcida sem estar organizado nela. Estatisticamente, gosto de saber quantos pontos, gols e outros números meu time marcou. Se quem o organiza o faz direito, muito que melhor, se é o técnico ou o dirigente, não faz diferença; se quem manda prender é o secretário ou a governadora, muito menos; se quem divulga meu saldo positivo é a imprensa ou o flanelinha que tem isso como assunto, que mau há? O importante é que foram presos, não por aqueles que 'comandam", mas por quem joga.

O que sei é que o outro time não quer que o meu ganhe. Pra isso, devem usar de suas técnicas e estratégias. Pra ver o jogo pela TV, também tenho que assistir aos patrocínios, e estes sempre existem. No intervalo, quando vão todos ao vestiário é que as mudanças e decisões são tomadas sem que eu veja ou saiba e possa acreditar que foi a melhor escolha. Como na política, vestiários e bastidores e treino secreto fazem parte do espetáculo, com 100 dias ou noventa minutos.
Como eu, há outros telespectadores, aqueles que apostam e aqueles que não. Há os cartolas e os líderes partidários. Se vou buscar um técnico porque o atual invadiu o campo, que ele faça parte do jogo. Se quem governa quer manter o time ganhando, há que buscar atacantes em outras áreas? Não sei, não jogo e muito menos aposto. Sou cidadão e o que vejo é meu time ganhando. Não faz diferença quem soltou os fogos. Nesse momento, mais que nunca, continuo assistindo a tudo de fora.

Metáforas com futebol viraram moda em razão do dono do campinho. Pra mim, não há outra melhor. Ninguém me pergunta se quero jogar ou ser treinador. Nem mesmo sou dono da bola. Daí, importa-me é ver meu time ganhando.


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